top of page

Afinal, quem é o ego?


Passei um bom tempo me sentindo desconfortável toda vez que lia algo referente a este assunto, pois é muito comum se referir ao ego como sendo uma parte negativa nossa, que quer nos boicotar a todo instante e precisamos estar atentos para não sermos trapaceados por ele. Isso me gerava um desconforto, pois era como se uma parte de mim fosse um “monstro” pronto a me atacar a qualquer momento.


Finalmente, um dia desses, me veio uma clareza e uma leveza tão grande em relação ao ego, que senti vontade de vir aqui compartilhar. Fez tanto sentido pra mim... Quem sabe não faz sentido pra você também.


Eu pude ver o ego como sendo aquela parte de nós que é ainda infantil, no sentido de imaturidade espiritual. Ou seja, quando estamos agindo guiados pelo nosso ego somos mimados, fazemos drama, nos fazemos de vítima, queremos chamar a atenção, somos orgulhosos, vaidosos, reativos, etc... E não é verdade que agindo assim estamos sendo infantis? Por isso chamei o ego de nosso “Eu Exterior”. E aí, pensei na divisão que o Gasparetto explicou, na sua incrível Série Conexão Espiritual, onde ele diz que nós não somos apenas um e sim quatro! E, embora existam quatro “eus” vivendo dentro da gente, é comum pensarmos que somos apenas um. Ele chamou esse eu, ao qual nos identificamos como sendo o nosso único eu de “Eu mente”. Porém, eu entendo que a mente é apenas um dos incríveis sistemas do nosso corpo e esse “Eu mente” é na verdade o nosso Ego, o nosso “Eu Exterior”. A gente costuma confundir o nosso ego com a nossa mente, porque ele domina a nossa mente quase que 100% do tempo. E aí vem a grande sacada do livro “O Poder do Agora” (Eckart Tolle), você não é essa voz que fica falando na sua mente (ela na verdade é o ego, na maior parte das vezes), você é o observador.


Mas quem seria esse observador? Este eu associo à nossa alma ou, como estou chamando aqui, o nosso “Eu Interior”. O observador é a nossa consciência dada pela nossa essência divina. E essa é a parte de nós que simplesmente sente... que pulsa e, se permitirmos, transborda. Tudo o que a nossa essência divina quer é simplesmente poder ser, poder se expressar, de acordo com a sua natureza mais pura. Mas, provavelmente, ela não consegue, e sabe por que? porque o ego domina... ele domina a nossa mente e gera os sentimentos oriundos dos pensamentos que ele provoca. Mas porque o ego domina? É porque ele é mal? Não! Ele domina porque, como sendo a nossa parte “infantil”, quer fazer tudo do jeito dele. Ainda não aprendeu a dar espaço... Ainda não aprendeu a observar e aprender. E porque é tão difícil mudar este comportamento e deixar que as outras partes de nós, mais maduras, tomem as rédeas da situação? Simplesmente porque temos agido assim por milhares de vidas, fazendo com que o hábito do domínio do ego esteja profundamente incorporado em nós. A única forma de mudar isso é estar consciente e acolher a nossa criança espiritual (ego) a cada vez que ela tentar se impor, fazendo birra. E não é muito mais fácil acolhê-la, sabendo que ela não é um “monstro”, mas apenas uma criança? Por este ângulo fica até engraçado quando nos percebemos vaidosos ou reativos, pois identificamos imediatamente a criança... e, achando graça dela, conseguimos facilmente mudar o foco da situação.


E então, pensando sobre os nossos quatro “eus”, oriundos da divisão dos nossos corpos em físico, mental, emocional e espiritual, fiz uma nova nomenclatura, com o intuito de trazer mais clareza sobre estas questões.


Temos o “Eu Inferior” (corpo físico), “Eu Exterior” (Ego), “Eu Interior” (Alma, Emocional) e “Eu Superior” (Espírito). Vou deixar para falar dos outros três em outro momento, mas achei importante fazer um breve panorama de cada um.


O “Eu Inferior” é aquele que se materializa neste plano, através do nosso corpo físico. Ele tem uma sabedoria particular, pois é ele quem comanda todas as funções do nosso corpo e trabalha 24 horas por dia, para manter tudo funcionando. Aparentemente ele age por conta própria e não precisa que estejamos conscientes para exercer suas atividades. Porém, hoje sabemos que não é bem assim... Ele, na verdade, age exatamente de acordo com o que sentimos, vibramos e acreditamos. E, se estamos conscientes disso, podemos tomar as rédeas e assumir o comando da situação, trazendo bem estar e saúde e mandando embora desequilíbrios e enfermidades.


O nosso “Eu Superior” é a parte de nós que permanece conectada ao TODO, ao divino... É Deus em nós. A nossa conexão ao nosso “Eu Superior”, muito provavelmente está comprometida e, em grande parte, isto se deve à nossa terrível forma de viver aqui na Terra. Toda a nossa desconexão com a natureza, industrialização dos alimentos e degradação ambiental gera bloqueios físicos, como por exemplo a calcificação da glândula pineal. A pineal é a nossa conexão direta com o TODO. É como se o nosso cérebro fosse um computador e a glândula pineal fosse o Wi-Fi. Temos um aparelho incrivelmente sofisticado, que é o cérebro, mas não temos acesso ao nosso espírito e ao universo, por conta da calcificação da glândula pineal. Essa é só uma das questões geradas pela desconexão com a natureza... Esse assunto é bem vasto. Porém, o mais importante é saber que podemos, a qualquer momento, decidir mudar e procurar viver de maneira mais equilibrada, integrando os nossos quatro “eus”.


O conhecimento é a chave. Estar em busca de aprender sempre e se permitir sentir desencadeia a percepção da magia e harmonia que envolve o universo.

Comments


Copyright © 2020 por Ludmila A. Pinheiro. Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução, no todo ou em parte, sob quaisquer meios existentes, sem a prévia autorização da autora.

Proudly created with Wix.com | Wallpaper Photo by Jess Vide from Pexels

bottom of page